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Trabalho apresentado no Seminário Internacional “Desafio da Gestão das Regiões Metropolitanas em Países Federados”, promovido pelo Ministério das Cidades, Câmara dos Deputados e Fórum das Federações. Os municípios periféricos, embora com redução nas taxas de crescimento populacional, mantiveram-se ao longo dos períodos com elevado padrão de crescimento, demonstrando seu papel de sustentáculos da ocupação no processo de expansão física das metrópoles. Na década mais recente, alguns pólos metropolitanos passaram a crescer a taxas que chegam a ser inferiores a 1%a.a., como se constata em Recife e Porto Alegre, além de São Paulo e Rio de Janeiro. e 3,5%a.a., respectivamente, entre 1980/1991 e 1991/2000, eles declinam substancialmente, com São Paulo e Rio de Janeiro já sinalizando forte inflexão no primeiro período. Enquanto nos períodos 1960/1970 e 1970/1980 o crescimento populacional dos pólos metropolitanos se dava em ordens próximas a 5%a.a. A partir de então, esse crescimento reforçou suas características concentradoras e passou a distribuir elevados contingentes populacionais em um número reduzido de centros urbanos.Įm 1970, São Paulo e Rio de Janeiro, que já conformavam amplas áreas metropolitanas, detinham, respectivamente, 15,63% e 13,23% da população urbana brasileira, enquanto outras metrópoles, que desempenhavam a função de capitais de estados – Belém, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Recife e Salvador – concentravam 16,7%, numa demonstração de que o fenômeno da metropolização se ampliava, sem contudo romper o hiato que distingue esse conjunto de metrópoles.Īo longo das décadas da segunda metade do século passado, essas metrópoles estenderam-se por áreas contínuas de ocupação, agregando municípios vizinhos num mesmo complexo de relações, configurando densas regiões urbanizadas, nas quais o célere padrão de crescimento populacional dos pólos, que passaram a assumir seletivamente funções mais qualificadas, cedeu lugar ao crescimento elevado dos municípios periféricos, constituindo espaços nitidamente desiguais.
Num período de intenso crescimento populacional, cujo ápice foram os anos 60, quando se agregou ao conjunto da população “cerca de novos cinqüenta milhões de habitantes, isto é, um número quase igual à população total do País em 1950” (SANTOS, 1993, p.20). O processo de urbanização no Brasil foi marcadamente célere, extenso e profundo, no que se refere a mudanças do ponto de vista demográfico, social e ecológico (FARIA, 1991). METROPOLIZAÇÃO E INSTITUCIONALIZAÇÃO DE REGIÕES METROPOLITANAS NO BRASIL Rosa Moura, Paulo Delgado, Marley Deschamps2
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Type: Conference Paper A REALIDADE DAS ÁREAS METROPOLITANAS E SEUS DESAFIOS NA FEDERAÇÃO BRASILEIRA: DIAGNÓSTICO SOCIOECONÔMICO E DA ESTRUTURA DE GESTÃOĪ REALIDADE DAS ÁREAS METROPOLITANAS E SEUS DESAFIOS NA FEDERAÇÃOīRASILEIRA: DIAGNÓSTICO SOCIOECONÔMICO E DA ESTRUTURA DE GESTÃO1